quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Jack White e Wanda Jackson: cute!



confesso que ainda estou triste com o fim do TWS, mas o JW sempre arranja um jeitinho de não me deixar tão choroso, como esse projeto com a Wanda Jackson.
confesso que nunca tinha ouvido bulhufas dessa senhorinha antes do Jack ressuscitá-la,
mas acho que essa é a intenção dele, né?


e esse vídeo é muuuuito fofo!

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Mahalia Jackson - Amazing Grace



provavelmente essa é a mais bela voz que eu já ouvi.
numa das mais belas canções já escritas.
isso mostra como a fé é um sentimento bonito,
quando não deturpado pela feiúra das mesquinharias dos que a tentam manipular.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

comendo diários

Ah! Como eu queria um dia qualquer. Pra não respeitar os pais de Judite. Pra engolir a seco, pra testar minha sorte, pra conseguir qualquer coisa ilícita, suja, sublime.
Um dia tolo de verão ou primavera. Que você não estivesse junto, eu compreendo, eu sempre te vejo a tarde, jogado sobre as coisas inúteis que você sabe o nome, que só você sabe o nome. Eu te vejo três noites por semana, compreendendo o que eu digo, sem conspirar contra as minhas palvras, sem repetir meus desejos, ou talvez somente para si mesmo, nessas mesmas noites assistindo o futebol.
Caindo na rede dos inimigos do vento.
Vendendo mentiras e rindo das tolices.
Comprando peixes num domingo; talvez sejam dias irreais aqueles que me visto de missa e caminho, quase noitinha com minha melhor amiga, quase na praia, quase nas coisas, quase mortos. Ou então a realidade rasgada da tranquilidade desses dias corrompa  o pesadelo negro dos demais.
Não há nada para dizer sobre outros dias,que são de calendário, de muita gente, de muito ódio. Alguém me disse que não há nada para dizer sobre dia nenhum, a não ser que passam bem rápido, e que a maioria quer assim. Mas as maiorias são estúpidas.
Preciso de um decreto contra o dia-contagotas, contra o dia-semportas, preciso de dias que respirem janelas e inspirem velhinhas.
Preciso de dias com menos girassóis, com menos espinhos, com mais camaradas.
Há algo estranho sobre os outros dias: eles são dias demais.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

sobre todos os sábados


Eu não quero mais um sábado amargo
Um sabado roxo e amargo
Com crianças e arraias
Na rua santa clara

Eu não quero mais um sábado torrando na cama
Suado
E gélido

Eu só quero mais um sábado
Pra provar os pratos da ferrovia
Olhar pela noite as mulatas
As mulatas corroendo a minha carne em samba

Eu só quero mais uma noite quente de sábado
Pra ferver gelada minha garganta
E cantar como se nunca houvesse
E ser toda a platéia
Toda passista
Toda rainha
Todo mestre
E toda bandeira

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

about ana

Para todos os efeitos, para todo o sempre e amém,
Para todas as crianças que nascem no seio do céu impossível
Para todas as palavras pensadas no quarto de ana
Para quem conhece ana
Para quem odeia a ana
E para aqueles, que  como eu, acham que ana deve ser odiada

E com todos os meninos inauditos
Lavados pelas águas e pelo elo do vento
Conseguiremos sem feitio heróico
Ganhar você
Comer você
Ligar pra tua mãe, teu pai, tua vizinha
E dizer que comemos você
E que nossos ossos os seus ossos os ossos deles
Nos pertencem mais que qualquer galho de noite

Me deixe penetrar o centro do filho
Me deixe ser o pai
E matar o pai nem vale mais o trocadilho
Provavelmente por que a mãe é puta
E bandeira
E martir
De alguma revolução sem brilho
Cheia de ideiais que deveriam ser ignorados

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

sobre nós

Creio sinceramente que acredito em várias coisas, isso quer dizer que especificamente não acredito em nada. minha cristandade irrefletida e intintiva, caseira, matriarcal luta contra uma racionalidade que não se passa por ateísta mas parece ultrapassar os pontos de vista de uma descrença anicristã propriamnete dita. Talvez possa chamá-la de um relaxamento ideológico. E esse é um sintoma da minha geração, o fato de descrermos no mais especifico não nos torna especialmente antiacreditadores.
Nascemos num mundo que rejeita num só lance o comunismo, diante do seu fracasso, e do capitalismo diante das suas consequências desastrosas. E da mesma forma concordamos com pontos de vista marxistas na sua análise do estado, e discutimos política tomando coca-cola.
Isso é mal? as gerações não podem ser julgadas por seus sujeitos. Mas posso dizer que não acho má essa plurivocidade. Com algumas ressalvas: um tal relaxamento ideológico pode recair facilmente numa alienação, palavra que está fora de moda mas que denota acertadamente o que quero dizer.
Somos uma geração de diplomatas, de Aires, mesmo assim o caminho do meio é bem turbulento.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Quando Nenhuma Asa Se Abre Sobre Nós

Ignorância é pessoal.
Opniões não justificam. Religiões não justificam.
-a propósito, as religiões são um solo bastante fértil para a criação de pessoas que simplesmente preferem se ater a ideias desparatadas e ofensivas.
-e essas ideias, difundidas nos lares, impunemente divulgada nas esquinas, não em sussurros, mas em letra bastão, gritada por pessoas que supostamente defendem o AMOR.
-palavra-faca.



AMOR A QUEM?