sexta-feira, 15 de maio de 2015

Quase maio



Quase maio



O dia foi de verão mas já é quase maio
não enxergo bem na claridade
característica
que
talvez
explique a pregressa incapacidade de apreciar teu corpo
durante o dia

viemos todos de uma longa linhagem
guerras trânsito folhas secas de parreira
se misturam no sangue
criam a vertigem que chamamos lar
realidade

ainda há algo para dizer
tua nova cara fantoches de louça preços do ouro prisões
mas o verso vacila frente às células
ou sou eu mesmo que sempre fui mudo
arbitrário bufão





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