No sangue um negro
na pele um índio
no peito um fado
ou o sangue no Alentejo
as cicatrizes
nas costas
em cortejo
e o coração de quem foi roubado
se no samba me despenteio
se essa rima não planejo
partido alto e improvisado
é por que ainda sangra
esse meu corpo repartido
pelos meus sobrenomes surrado
Nenhum comentário:
Postar um comentário