sábado, 25 de abril de 2015

Seis da Tarde



Seis da Tarde




O trânsito de qualquer cidade
as linhas de fuga do meu sangue
aparelho excretor e cimento
simulo a madrugada na raiz dos meus pelos

há veneno nas paredes
de engano em engano cresci em volúpia
já nem mais te reconheço

numa mensagem fria
escrita no chão
Manoel deixou Clarice
e foi pular o carnaval
virou notícia de jornal

mas o que ninguém aplaude é a lágrima
é o medo
que rasteja todas as noites entre os teus seios

ninguém está realmente livre
se o invisível nos conecta

ligou o player no aleatório
e deixou que o caos da máquina esposasse o caos da noite que grita

Nenhum comentário:

Postar um comentário