quinta-feira, 23 de abril de 2015

Joana e o Buraco




Joana e o Buraco




Joana encara o abismo
não será a primeira nem a última
a fugir
quando sua voz se dissipar
e eu por inteiro sorrir

na mesa de bar
onde esqueci meus cigarros
estava predito meu destino
na toalha molhada pelos copos
acredito nessas coisas

a memória da felicidade é este açoite
contamina até a mais comum das tardes
e olha que eu tranquei todas as portas
e pintei cruzes no chão da sala

mesmo assim não é fácil admitir
que o meu amor é este descarrilhamento
este desmoronamento sem fim
essa implosão

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